A segunda fase da pesquisa CÓRTEX começou em maio de 2018, como uma iniciativa totalmente independente, correndo em processo lento justamente por falta de recursos (lê-se tempo). Entre junho e outubro de 2018, foi realizado um estudo de meio em Berlim, quando foram feitas visitas a espaços de arte independentes, lá conhecidos como project spaces, e eventos, tais como o Project Space Festival, a Berlin Art Week e a Bienal de Berlim, além de entrevistas com agentes de relevante atuação dentro da cena de arte independente:
- a pesquisadora Friederike Landau, autora do livro Agonistic Articulations in the ‘Creative’ City – On New Actors and Activism in Berlin’s Cultural Politics (em português Articulações Agonísticas na Cidade “Criativa” – Sobre Novos Atores e Ativismo na Política Cultural de Berlim);
- a pesquisadora Séverine Marguin, responsável pelo mapeamento da Berliner Netzwerk freier Projekträume und -initiativen (em inglês Berlin Network of Independent Project Spaces and Initiatives ou, em português, Rede de Project Spaces e Iniciativas Independentes de Berlim);
- a então diretora e curadora do Project Space Festival, Marie-josé Ourtilane;
- Chris Benedict, membro da Berliner Netzwerk freier Projekträume und -initiativen e da Koalition der Freien Szene (em inglês, Coalition of the Independent Scene, em português, Coalizão da Cena Independente);
- o diretor do Institute for Strategy Development (IFSE), Hergen Wöbken.
A entrevista com Friederike Landau já está disponível aqui. As outras aguardam a disponibilidade de recursos para serem transcritas e traduzidas para o português.
Tendo como finalidade traçar um paralelo entre as cenas de arte independentes de Berlim e São Paulo, a Fase 2 da pesquisa CÓRTEX começa delineando os sistemas da arte em São Paulo e Berlim, ou seja, os contextos onde estes circuitos independentes estão inseridos. Isso se faz necessário porque a cena de arte independente não pode ser estudada a contento como fenômeno isolado, por dois motivos em especial: seu caráter frequentemente reativo aos circuitos institucional e comercial, e sua dependência de redes de colaboração, traçadas inclusive com estes outros circuitos, para o desenvolvimento de seus projetos. Assim como na Fase 1, este trabalho inclui mapeamentos e textos, incluindo levantamentos históricos.
Observação: como a Fase 2 segue em desenvolvimento, seus conteúdos publicados aqui estão em processo, não sendo, portanto, finais ou definitivos.